
Polietileno Verde
O plástico comum, como vocês bem sabem, é derivado do petróleo, o que explica o fato de as indústrias petroquímicas e de plástico sempre andarem lado a lado. No entanto, de uns tempos para cá, tem-se falado muito na palavra sustentabilidade, conceito que visa por um desenvolvimento econômico comprometido com o ambiente.
Pensando nisso, algumas empresas expandiram seus horizontes e agora produzem plásticos à base de plantas, com destaque para a cana de açúcar, fato de grande destaque pois combinaram métodos de produção já conhecidos para relização de um novo produto, ou seja, desenvolveram um processo sem precedentes.
A partir desta cana é produzido o etanol, que será desidratado e transformado em etileno, matéria prima para a produção de uma resina termoplástica chamada polietileno verde. Uma iniciativa bacana dessa merece atenção, pois substitui a utilização das matérias-primas fósseis e ajuda na redução de emissão de gases de efeito estufa. A fabricação de polímeros via fontes renováveis também é útil tendo em vista o aumento do preço do petróleo, ou seja, dois coelhos numa cajadada só! Reduzir custos e ajudar a mãe natureza, tem coisa melhor?
As primeiras amostras de Eteno Verde pela Braskem foram produzidas em 2007, iniciando assim, o caminho para o desenvolvimento do primeiro plástico de origem 100% renovável do mundo. Por esse motivo, o Polietileno Verde não possui antecessores nesse aspecto. Esta tecnologia que inovou o mercado, pois conseguiu produzir um plástico com características idênticas aqueles que são produzidos com fontes fosseis, foi trazida pela Braskem, empresa brasileira, que fabrica-o no Complexo Petroquímico de Triunfo no Rio Grande do Sul produzindo duzentas mil toneladas do chamado “plástico verde” por ano, até 2009. Para isso consome cerca de 462 milhões de litros de etanol vindo de produções em Minas Gerais, Paraná e São Paulo, sendo que 99% do carbono contido no combustível é utilizado na desidratação.
Apesar dessa tecnologia ainda ser um “bebê” entre os demais plásticos, ela pretende ampliar seu alcance futuramente, aumentando sua participação no mercado de embalagens.
